Exemplos de
Ir a cabo
3 resultados encontrados
1. Ilha
r aqui Estrela brilhante reluz Nesse instante sem fim Um che
o de amor Espalhado no ar a me entorpecer Quisera viesse do
seu coração é uma ilha A centenas de milhas daqui Um che
o de amor Espalhado no ar a me entorpecer Quisera viesse do
a de bronze se tornava, mais do que notório, escandaloso, t
ando o sossego à vizinhança (as pessoas começavam a murmu
rei temos nós, que não atende), é que dava ordem ao prime
o-secretário para ir saber o que queria o impetrante, que n
ão atende), é que dava ordem ao primeiro-secretário para
saber o que queria o impetrante, que não havia maneira de
para ir saber o que queria o impetrante, que não havia mane
a de se calar. Então, o primeiro-secretário chamava o segu
etrante, que não havia maneira de se calar. Então, o prime
o-secretário chamava o segundo-secretário, este chamava o
retário chamava o segundo-secretário, este chamava o terce
o, que mandava o primeiro-ajudante, que por sua vez mandava
do-secretário, este chamava o terceiro, que mandava o prime
o-ajudante, que por sua vez mandava o segundo, e assim por a
licante dizia ao que vinha, isto é, pedia o que tinha a ped
, depois instalava-se a um canto da porta, à espera de que
o ao bem-estar e felicidade do seu povo quando resolvia ped
um parecer fundamentado por escrito ao primeiro-secretário
resolvia pedir um parecer fundamentado por escrito ao prime
o-secretário, o qual, escusado se ria dizer, passava a enco
r, passava a encomenda ao segundo-secretário, este ao terce
o, sucessivamente, até chegar outra vez à mulher da limpez
sga da porta, Que é que tu queres, o homem, em lugar de ped
, como era o costume de todos, um título, uma condecoraçã
todos, um título, uma condecoração, ou simplesmente dinhe
o, respondeu, Quero falar ao rei, Já sabes que o rei não p
spondeu, Quero falar ao rei, Já sabes que o rei não pode v
, está na porta dos obséquios, respondeu a mulher, Pois en
imiar, tapando-se com a manta por causa do frio. Entrar e sa
, só por cima dele. Ora, isto era um enorme problema, se ti
e expor as suas necessidades ou as suas ambições. À prime
a vista, quem ficava a ganhar com este artigo do regulamento
nesga, como se tivesse medo dele, mormente estando a assist
ao colóquio a mulher da limpeza, que logo iria dizer por a
tando a assistir ao colóquio a mulher da limpeza, que logo
ia dizer por aí sabe Deus o quê, De par em par, ordenou. O
m barco levantou-se do degrau da porta quando começou a ouv
correr os ferrolhos, enrolou a manta e pôs-se à espera. E
ar desocupada, fizeram aproximar-se da porta uns quantos asp
antes à liberalidade do trono que por ali andavam, prontos
se surpreendeu por aí além foi o homem que tinha vindo ped
um barco. Calculara ele, e acertara na previsão, que o rei
, que o rei, mesmo que demorasse três dias, haveria de sent
-se curioso de ver a cara de quem, sem mais nem menos, com n
r. Repartido pois entre a curiosidade que não pudera reprim
e o desagrado de ver tanta gente junta, o rei, com o pior d
enho mais nada que fazer, mas o homem só respondeu à prime
a pergunta, Dá-me um barco, disse. O assombro deixou o rei
o, que a mulher da limpeza se apressou a chegar-lhe uma cade
a de palhinha, a mesma em que ela própria se sentava quando
o passajar as peúgas dos pajens. Mal sentado, porque a cade
a de palhinha era muito mais baixa que o trono, o rei estava
ais baixa que o trono, o rei estava a procurar a melhor mane
a de acomodar as pernas, ora encolhendo-as ora estendendo-as
eria um barco esperava com paciência a pergunta que se segu
ia, E tu para que queres um barco, pode-se saber, foi o que
ente se deu por instalado, com sofrível comodidade, na cade
a da mulher da limpeza, Para ir à procura da ilha desconhec
sofrível comodidade, na cadeira da mulher da limpeza, Para
à procura da ilha desconhecida, respondeu o homem, Que ilh
s conhecidas, E que ilha desconhecida é essa de que queres
à procura, Se eu to pudesse dizer, então não seria desco
não exista uma ilha desconhecida, E vieste aqui para me ped
es um barco, Sim, vim aqui para pedir-te um barco, E tu quem
vieste aqui para me pedires um barco, Sim, vim aqui para ped
-te um barco, E tu quem és, para que eu to dê, E tu quem
ar, Às minhas ordens, com os meus pilotos e os meus marinhe
os, Não te peço marinheiros nem piloto, só te peço um ba
os meus pilotos e os meus marinheiros, Não te peço marinhe
os nem piloto, só te peço um barco, E essa ilha desconheci
e deixe conhecer, Então não te dou o barco, Darás. Ao ouv
em esta palavra, pronunciada com tranquila firmeza, os aspir
Darás. Ao ouvirem esta palavra, pronunciada com tranquila f
meza, os aspirantes à porta das petições, em quem, minuto
irem esta palavra, pronunciada com tranquila firmeza, os asp
antes à porta das petições, em quem, minuto após minuto,
ivres dele do que por simpatia solidária, resolveram interv
a favor do homem que queria o barco, começando a gritar, D
r à mulher da limpeza que chamasse a guarda do palácio a v
restabelecer imediatamente a ordem pública e impor a disci
ria perdido na porta dos obséquios, o rei levantou a mão d
eita a impor silêncio e disse, Vou dar-te um barco, mas a t
mas a tripulação terás de arranjá-la tu, os meus marinhe
os são-me precisos para as ilhas conhecidas. Os gritos de a
ram que se percebesse o agradecimento do homem que viera ped
um barco, aliás o movimento dos lábios tanto teria podido
o homem levantou a cabeça, supõe-se que desta vez é que
ia agradecer a dádiva, já o rei se tinha retirado, só est
vez é que iria agradecer a dádiva, já o rei se tinha ret
ado, só estava a mulher da limpeza a olhar para ele com car
i indescritível, todos a quererem chegar ao sítio em prime
o lugar, mas com tão má sorte que a porta já estava fecha
ado a olhar, foi esse o preciso momento em que ela resolveu
atrás do homem quando ele se dirigisse ao porto a tomar co
mento em que ela resolveu ir atrás do homem quando ele se d
igisse ao porto a tomar conta do barco. Pensou ela que já b
que lavar e limpar barcos é que era a sua vocação verdade
a, no mar, ao menos, a água nunca lhe faltaria. O homem nem
adivinhar qual seria, de quantos barcos ali estavam, o que
ia ser o seu, grande já se sabia que não, o cartão de vis
onto, por conseguinte ficavam de fora os paquetes, os cargue
os e os navios de guerra, tão-pouco poderia ser ele tão pe
o contava, nem sequer havia sido ainda contratada, vamos ouv
antes o que dirá o capitão do porto. O capitão veio, leu
equer havia sido ainda contratada, vamos ouvir antes o que d
á o capitão do porto. O capitão veio, leu o cartão, miro
dirá o capitão do porto. O capitão veio, leu o cartão, m
ou o homem de alto a baixo, e fez a pergunta que o rei se ti
e que possa respeitar-me a mim, Essa linguagem é de marinhe
o, mas tu não és marinheiro, Se tenho a linguagem, é como
im, Essa linguagem é de marinheiro, mas tu não és marinhe
o, Se tenho a linguagem, é como se o fosse. O capitão torn
perguntou, Poderás dizer-me para que queres o barco, Para
à procura da ilha desconhecida, Já não há ilhas desconh
E por que não estás tu no palácio do rei a limpar e a abr
portas, Porque as portas que eu realmente queria já foram
oje em diante só limparei barcos, Então estás decidida a
comigo procurar a ilha desconhecida, Saí do palácio pela
uidado com as gaivotas, que não são de fiar, Não queres v
comigo conhecer o teu barco por dentro, Tu disseste que era
ó porque gostei dele, Gostar é provavelmente a melhor mane
a de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar. O capitão
vavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior mane
a de gostar. O capitão do porto interrompeu a conversa, Ten
mulher da limpeza pousou o balde, meteu as chaves no seio, f
mou bem os pés na prancha, e, redemoinhando a vassoura como
assassino. Foi só quando entrou no barco que compreendeu a
a das gaivotas, havia ninhos por toda a parte, muitos deles
nhecida não pode ter este aspecto, como se fosse um galinhe
o, disse. Atirou para a água os ninhos vazios, quanto aos o
ode ter este aspecto, como se fosse um galinheiro, disse. At
ou para a água os ninhos vazios, quanto aos outros deixou-o
s-se a lavar a coberta. Quando acabou a dura tarefa, foi abr
o paiol das velas e procedeu a um exame minucioso do estado
minucioso do estado das costuras, depois de tanto tempo sem
em ao mar e sem terem de suportar os esticões saudáveis do
sinalá-las, uma vez que para este trabalho não podiam serv
a linha e a agulha com que passajava as peúgas dos pajens
sse desmunido, salvo uns pozinhos negros no fundo, que prime
o mais lhe pareceram caganitas de rato, não lhe importou na
sabedoria duma mulher da limpeza é capaz de alcançar, que
em busca duma ilha desconhecida tenha de ser forçosamente
sofressem da necessidade de o encher, E se já traz marinhe
os para a tripulação, que são uns ogres a comer, então
que são uns ogres a comer, então é que não sei como nos
emos governar, disse a mulher da limpeza. Não valia a pena
a a pena ter-se preocupado tanto. O sol havia acabado de sum
-se no oceano quando o homem que tinha um barco surgiu no ex
lo à prancha, mas antes que ela abrisse a boca para se inte
ar de como lhe tinha corrido o resto do dia, ele disse, Est
tá descansada, trago aqui comida para os dois, E os marinhe
os, perguntou ela, Não veio nenhum, como podes ver, Mas dei
há ilhas desconhecidas, e que, mesmo que as houvesse, não
iam eles tirar-se do sossego dos seus lares e da boa vida do
sconhecidas, e que, mesmo que as houvesse, não iriam eles t
ar-se do sossego dos seus lares e da boa vida dos barcos de
do sossego dos seus lares e da boa vida dos barcos de carre
a para se meterem em aventuras oceânicas, à procura de um
o lhe dava importância, tu que achas, Que é necessário sa
da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não nos sa
vamos nós comer, mas a mulher não esteve de acordo, Prime
o, tens de ver o teu barco, só o conheces por fora, Que tal
déia de que para a navegação só há dois mestres verdade
os, um que é o mar, o outro que é o barco, E o céu, está
s passeios. É bonita, disse o homem, mas se eu não consegu
arranjar tripulantes suficientes para a manobra, terei de i
r arranjar tripulantes suficientes para a manobra, terei de
dizer ao rei que já não a quero, Perdes o ânimo logo à
r ao rei que já não a quero, Perdes o ânimo logo à prime
a contrariedade, A primeira contrariedade foi estar à esper
ero, Perdes o ânimo logo à primeira contrariedade, A prime
a contrariedade foi estar à espera do rei três dias, e nã
rei três dias, e não desisti, Se não encontrares marinhe
os que queiram vir, cá nos arranjaremos os dois, Estás doi
ias, e não desisti, Se não encontrares marinheiros que que
am vir, cá nos arranjaremos os dois, Estás doida, duas pes
não desisti, Se não encontrares marinheiros que queiram v
, cá nos arranjaremos os dois, Estás doida, duas pessoas s
uma loucura, Depois veremos, agora vamos mas é comer. Sub
am para o castelo de popa, o homem ainda a protestar contra
não navegues com ela, é tua, deu-ta o rei, Pedi-lha para
procurar uma ilha desconhecida, Mas estas coisas não se fa
uem vai ao mar avia-se em terra, e mais não era ele marinhe
o, Sem tripulantes não poderemos navegar, Já o tinhas dito
, e depois teremos de esperar que seja a boa estação, e sa
com a boa maré, e vir gente ao cais a desejar-nos boa viag
sperar que seja a boa estação, e sair com a boa maré, e v
gente ao cais a desejar-nos boa viagem, Estás a rir-te de
é, e vir gente ao cais a desejar-nos boa viagem, Estás a r
-te de mim, Nunca me riria de quem me fez sair pela porta da
a desejar-nos boa viagem, Estás a rir-te de mim, Nunca me r
ia de quem me fez sair pela porta das decisões, Desculpa-me
em, Estás a rir-te de mim, Nunca me riria de quem me fez sa
pela porta das decisões, Desculpa-me, E não tornarei a pa
é bonita, pensou o homem, que desta vez não estava a refer
-se à caravela. A mulher, essa, não pensou nada, devia ter
ueijo, nem gota de vinho, os caroços das azeitonas foram at
ados para a água, o chão está tão limpo como ficara quan
do paquete, e o homem disse, Mas baloiçaremos muito mais. R
am os dois, depois ficaram calados, passado um bocado um del
lados, passado um bocado um deles opinou que o melhor seria
em dormir, Não é que eu tenha muito sono, e o outro concor
ssado um bocado um deles opinou que o melhor seria irem dorm
, Não é que eu tenha muito sono, e o outro concordou, Nem
, depois calaram-se outra vez, a lua subiu e continuou a sub
, em certa altura a mulher disse, Há beliches lá em baixo,
ticar na arte. A mulher voltou atrás, Tinha-me esquecido, t
ou do bolso do avental dois cotos de vela, Encontrei-os quan
Até amanhã, dorme bem, ele quis dizer o mesmo doutra mane
a, Que tenhas sonhos felizes, foi a frase que lhe saiu, daqu
ouco, quando lá estiver em baixo, deitado no seu beliche, v
-lhe-ão à ideia outras frases, mais espirituosas, sobretud
no seu beliche, vir-lhe-ão à ideia outras frases, mais esp
ituosas, sobretudo mais insinuantes, como se espera que seja
uando está a sós com uma mulher. Perguntava-se se já dorm
ia, se teria tardado a entrar no sono, depois imaginou que a
s e ele não soube como alcançá-la, quando é tão fácil
de bombordo a estibordo. Tinha-lhe desejado felizes sonhos,
va à sombra. Não percebia como podiam ali estar os marinhe
os que no porto e na cidade se tinham recusado a embarcar co
orto e na cidade se tinham recusado a embarcar com ele para
à procura da ilha desconhecida, provavelmente arrependeram
a ilha desconhecida, provavelmente arrependeram-se da grosse
a ironia com que o haviam tratado. Via animais espalhados pe
ha desconhecida, provavelmente arrependeram-se da grosseira
onia com que o haviam tratado. Via animais espalhados pela c
grãos de milho ou roendo as folhas de couve que um marinhe
o lhes atirava, não se lembrava de quando os tinha trazido
milho ou roendo as folhas de couve que um marinheiro lhes at
ava, não se lembrava de quando os tinha trazido para o barc
rta, o melhor será jogar pelo seguro, todos sabemos que abr
a porta da coelheira e agarrar um coelho pelas orelhas semp
jogar pelo seguro, todos sabemos que abrir a porta da coelhe
a e agarrar um coelho pelas orelhas sempre foi mais fácil d
bateu e ondulou, por trás dela estava o que antes não se v
a, um grupo de mulheres que mesmo sem as contar se adivinha
mo sem as contar se adivinha serem tantas quantos os marinhe
os, ocupam-se nas suas coisas de mulheres, ainda não chegou
não saiba como o sabe, que ela à última hora não quis v
, que saltou para o cais, dizendo de lá, Adeus, adeus, já
do chovido, principiaram a brotar inúmeras plantas das file
as de sacos de terra alinhadas ao longo da amurada, não est
pequenas searas que vão amadurecer aqui, enfeitar os cante
os com as flores que desabrocharão destes botões. O homem
charão destes botões. O homem do leme pergunta aos marinhe
os que descansam na coberta se avistam alguma ilha desabitad
das outras, mas que estão a pensar em desembarcar na prime
a terra povoada que lhes apareça, desde que haja lá um por
á muito tempo, Devíeis ter ficado na cidade, em lugar de v
atrapalhar-me a navegação, Andávamos à procura de um s
iver e resolvemos aproveitar a tua viagem, Não sois marinhe
os, Nunca o fomos, Sozinho, não serei capaz de governar o b
o serei capaz de governar o barco, Pensasses nisso antes de
pedi-lo ao rei, o mar não ensina a navegar. Então o homem
longe e quis passar adiante, fazer de conta que ela era a m
agem de uma outra terra, uma imagem que tivesse vindo do out
do pelo espaço, mas os homens que nunca haviam sido marinhe
os protestaram, disseram que ali mesmo é que queriam desemb
se não nos levares lá. Então, por si mesma, a caravela v
ou a proa em direcção à terra, entrou no porto e foi enco
ares lá. Então, por si mesma, a caravela virou a proa em d
ecção à terra, entrou no porto e foi encostar à muralha
, entrou no porto e foi encostar à muralha da doca, Podeis
-vos, disse o homem do leme, acto contínuo saíram em corre
o homem do leme, acto contínuo saíram em correnteza, prime
o as mulheres, depois os homens, mas não foram sozinhos, le
ixado com as árvores, os trigos e as flores, com as trepade
as que se enrolavam nos mastros e pendiam da amurada como fe
ássaros, deviam estar escondidos por aí e de repente decid
am sair à luz, talvez porque a seara já esteja madura e é
s, deviam estar escondidos por aí e de repente decidiram sa
à luz, talvez porque a seara já esteja madura e é precis
mpo com a foice na mão, e foi quando tinha cortado as prime
as espigas que viu uma sombra ao lado da sua sombra. Acordou
entre os benefícios e os prejuízos foi ter ido o rei, ao
de três dias, e em real pessoa, à porta das petições, p
ão para tocar-nos o ombro, e nós ainda vamos a murmurar, A
u-se, não há mais que ver, é tudo igual. Andando, andando
s arregaçou as mangas e pôs-se a lavar a coberta. Quando a
u a dura tarefa, foi abrir o paiol das velas e procedeu a um
mapas e declararam que ilhas por conhecer é coisa que se a
u desde há muito tempo, Devíeis ter ficado na cidade, em l
este é o de bombordo ou o de estibordo. Depois, mal o sol a
u de nascer, o homem e a mulher foram pintar na proa do barc
2. Taverna
o, como um sonâmbulo? — É o Fichtismo na embriaguez! Esp
itualista, bebe a imaterialidade da embriaguez! — Oh! vazi
embriaguez! — Oh! vazio! meu copo esta vazio! Olá taverne
a, não vês que as garrafas estão esgotadas? Não sabes, d
s nossas reminiscências, de todos os nossos sonhos que ment
am, de todas as nossas esperanças que desbotaram, uma últi
as esperanças que desbotaram, uma última saúde! A taverne
a ai nos trouxe mais vinho: uma saúde! O fumo e a imagem do
o, e o transunto de tudo quanto ha mais vaporoso naquele esp
itualismo que nos fala da imortalidade da alma! e pois, ao f
osse tornar-se em lodo e podridão, como as faces belas da v
gem morta, não podeis crer que ele morra? Doidos! nunca vel
Doidos! nunca velada levastes porventura uma noite a cabece
a de um cadáver? E então não duvidastes que ele não era
uela fronte iam palpitar de novo, aquelas pálpebras iam abr
-se, que era apenas o ópio do sono que emudecia aquele home
a alma não é como a lua, sempre moça, nua e bela em sue v
gindade eterna! a vida não e mais que a reunião ao acaso d
vejar-se no cálice da flor ou na fronte da criança mais lo
a e bela. Como Schiller o disse, o átomo da inteligência d
alvez para o coração de um ser impuro. Por isso eu vo-lo d
ei: se entendeis a imortalidade pela metempsicose, bem! talv
ou os cabelos, essas crenças frias? A nós os sonhos do esp
itualismo. — Archibald! deveras, que é um sonho tudo isso
um sonho tudo isso! No outro tempo o sonho da minha cabece
a era o espírito puro ajoelhado no seu manto argênteo, num
timo o revela nas horas frias do medo, nas horas em que se t
ita de susto e que a morte parece roçar úmida por nós! Na
os? — Miséria! quando me vierdes falar em poesia eu vos d
ei: aí há folhas inspiradas pela natureza ardente daquela
me vierdes falar em poesia eu vos direi: aí há folhas insp
adas pela natureza ardente daquela terra como nem Homero as
uela terra como nem Homero as sonhou, como a humanidade inte
a ajoelhada sobre os túmulos do passado nunca mais lembrar
sões santas, nos desvarios daquele povo estúpido, eu vos d
ei: miséria! miséria! três vezes miséria! Tudo aquilo é
! miséria! três vezes miséria! Tudo aquilo é falso: ment
am como as miragens do deserto! — Estas ébrio, Johann! O
ês vezes miséria! Tudo aquilo é falso: mentiram como as m
agens do deserto! — Estas ébrio, Johann! O ateísmo é a
de Malebranche nos seus sonhos da visão em Deus. A verdade
a filosofia e o epicurismo. Hume bem o disse: o fim do homem
endem na toalha molhada de vinho, como os braços do carnice
o no cepo gotejante, o que nos cabe é uma historia sanguino
olenta, um daqueles contos fantásticos como Hoffmann os del
ava ao clarão dourado do Johannisberg! — Uma história me
que a esse reclamo erguera a cabeça amarelenta. Pois bem, d
-vos-ei uma historia. Mas quanto a essa, podeis tremer a gos
uele céu morno, o fresco das águas se exalava como um susp
o do leito do Tibre. A noite ia bela. Eu passeava a sós pel
: saiu. Eu segui-a. A noite ia cada vez mais alta: a lua sum
a-se no céu, e a chuva caía as gotas pesadas: apenas eu se
um túmulo prantos de órfão. Andamos longo tempo pelo lab
into das ruas: enfim ela parou: estávamos num campo. Aqui,
Era mesmo uma estátua: tão branca era ela. A luz dos toche
os dava-lhe aquela palidez de âmbar que lustra os mármores
ma estrela entre névoa, apertou-me em seus braços, um susp
o ondeou-lhe nos beiços azulados... Não era já a morte: e
s falar da catalepsia? É um pesadelo horrível aquele que g
a ao acordado que emparedam num sepulcro; sonho gelado em qu
da porta topei num corpo; abaixei-me, olhei: era algum cove
o do cemitério da igreja que aí dormira de ébrio, esqueci
lhei: era algum coveiro do cemitério da igreja que aí dorm
a de ébrio, esquecido de fechar a porta . Saí. Ao passar a
nu em minhas mãos frias... — Boa noite, moço: podes segu
, disse ele. Caminhei. — Estava cansado. Custava a carrega
mais esforço. Quando eu passei a porta ela acordou. O prime
o som que lhe saiu da boca foi um grito de medo... Mal eu fe
orta, bateram nela. Era um bando de libertinos meus companhe
os que voltavam da orgia. Reclamaram que abrisse. Fechei a m
. Quando entrei no quarto da moça vi-a erguida. Ria de um r
convulso como a insânia, e frio como a folha de uma espada
assim... Não houve como sanar-lhe aquele delírio, nem o r
do frenesi. Morreu depois de duas noites e dois dias de del
ava perfeitamente em cera, e paguei-lhe uma estátua dessa v
gem. Quando o escultor saiu, levantei os tijolos de mármore
cortinado? Não te lembras que eu te respondi que era uma v
gem que dormia? — E quem era essa mulher, Solfieri? — Qu
omo amuleto a capela de defunta. Hei-la! Abriu a camisa, e v
am-lhe ao pescoço uma grinalda de flores mirradas. —Vede-
u a camisa, e viram-lhe ao pescoço uma grinalda de flores m
radas. —Vede-la murcha e seca como o crânio dela! III BER
num dia ter três duelos com meus três melhores amigos, abr
três túmulos àqueles que mais me amavam na vida — e de
queles que mais me amavam na vida — e depois, depois sent
-me só e abandonado no mundo, como a infanticida que matou
olhos que brilham e os lábios de rosa d'Alexandria sem del
ar sonhos delas por longas noites ardentes! Andaluzas! sois
o após tanto desejo e tanta esperança eu sorvi-lhe o prime
o beijo, tive de partir da Espanha para Dinamarca onde me ch
tanta esperança eu sorvi-lhe o primeiro beijo, tive de part
da Espanha para Dinamarca onde me chamava meu pai. Foi uma
te de lágrimas — eram as últimas — depois deixou-se ca
, pôs as mãos no peito, e com os olhos em mim murmurou: De
orava, mas era de saudades de Ângela... Logo que pude reduz
minha fortuna a dinheiro pus-la no banco de Hamburgo, e par
es de Ângela... Logo que pude reduzir minha fortuna a dinhe
o pus-la no banco de Hamburgo, e parti para a Espanha. Quand
mava como uma Sultana, montava a cavalo como um Árabe, e at
ava as armas como um Espanhol. Quando o vapor dos licores me
cio: os cavalos de uma carruagem pisaram-me ao passar e part
am-me a cabeça de encontro à lájea. Acudiram-me desse pal
o passar e partiram-me a cabeça de encontro à lájea. Acud
am-me desse palácio. Depois amaram-me: a família era um no
dio terrível. Uma noite que eu jogava com Siegfried — o p
ata, depois de perder as últimas jóias dela, vendi-a. A mo
ias dela, vendi-a. A moça envenenou Siegfried logo na prime
a noite, e afogou-se... . . . . . . . . . . . . . . . . . .
da vida acordou-se em mim. A princípio tinha sido uma cegue
a, uma nuvem ante meus olhos, como aos daquele que labuta na
.. Quando recobrei os sentidos estava num escaler de marinhe
os que remavam mar em fora. Aí soube eu que meu salvador ti
homem. Pelas faces vermelhas caiam-lhe os crespos cabelos lo
os onde a velhice alvejava algumas cãs. Ele perguntou-me:
r na terra, e não deixaram morrer no mar. — Queres pois v
a bordo? — A menos que não prefirais atirar-me ao mar.
mar. — Queres pois vir a bordo? — A menos que não pref
ais atirar-me ao mar. — Não o faria: tens uma bela figura
Queres pois vir a bordo? — A menos que não prefirais at
ar-me ao mar. — Não o faria: tens uma bela figura. Levar-
Não o faria: tens uma bela figura. Levar-te-ei comigo. Serv
ás... — Servir!?...— e ri-me: depois respondi-lhe frio:
s uma bela figura. Levar-te-ei comigo. Servirás... — Serv
!?...— e ri-me: depois respondi-lhe frio: deixai que me at
!?...— e ri-me: depois respondi-lhe frio: deixai que me at
e ao mar... — Não queres servir? queres então viajar de
lhe frio: deixai que me atire ao mar... — Não queres serv
? queres então viajar de braços cruzados? — Não: quando
raços cruzados? — Não: quando for a hora da manobra dorm
ei: mas quando vier a hora do combate ninguém será mais va
cro a história do cadáver cujo guarda o segredo... e ele d
-vos-a apenas que tem no seio um corpo que se corrompe! lere
esperança adormecendo esquecido entre as ondas. Os marinhe
os a respeitavam: quando pelas noites de lua ela repousava o
m junto dela se descobriam respeitosos. Nunca ninguém lhe v
a olhares de orgulho, nem lhe ouvira palavras de cólera: er
sos. Nunca ninguém lhe vira olhares de orgulho, nem lhe ouv
a palavras de cólera: era uma santa. Era a mulher do comand
do nela ao frio das vagas e ao calor dos trópicos, que susp
ou nas horas de quarto, alta noite na amurada do navio, lemb
uarto, alta noite na amurada do navio, lembrando-a nos nevoe
os da cerração, nas nuvens da tarde… Pobres doidos! pare
e que esses homens amam muito! A bordo ouvi a muitos marinhe
os seus amores singelos: eram moças loiras da Bretanha e da
vi a muitos marinheiros seus amores singelos: eram moças lo
as da Bretanha e da Normandia, ou alguma espanhola de cabelo
om sua cesta de flores, ou adormecida entre os laranjais che
osos, ou dançando o fandango lascivo nos bailes ao relento!
ela sorria as vezes quando cismava sozinha, mas era um sorr
tão triste que doía. Coitada! Um poeta a amaria de joelho
. Um dia, meses depois, li-os, ri-me deles e de mim; e os at
ei ao mar... Era a última folha da minha virgindade que lan
de mim; e os atirei ao mar... Era a última folha da minha v
gindade que lançava ao esquecimento... Agora, enchei os cop
isos, com seus olhos úmidos e os seios intumescidos de susp
os, aquela mulher me enlouquecia as noites. Era como uma vid
. . . . . . . . . . . . . . . . . Uma vez ao madrugar o gaje
o assinalou um navio. Meia hora depois desconfiou que era um
assinalou um navio. Meia hora depois desconfiou que era um p
ata... Chegávamos cada vez mais perto. Um tiro de pólvora
u que era um pirata... Chegávamos cada vez mais perto. Um t
o de pólvora seca da corveta reclamou a bandeira. Não resp
perto. Um tiro de pólvora seca da corveta reclamou a bande
a. Não responderam. Deu-se segundo: nada. Então um tiro de
andeira. Não responderam. Deu-se segundo: nada. Então um t
o de bala foi cair nas águas do barco desconhecido como uma
onderam. Deu-se segundo: nada. Então um tiro de bala foi ca
nas águas do barco desconhecido como uma luva de duelo. O
eguido rumo oposto ao nosso e vinha proa contra nossa proa v
ou de bordo e apresentou-nos seu flanco enfumaçado: um rel
u flanco enfumaçado: um relâmpago correu nas baterias do p
ata, um estrondo seguiu-se... e uma nuvem de balas veio morr
em de balas veio morrer perto da corveta. Ela não dormia, v
ou de bordo: os navios ficaram lado a lado. À descarga do n
vios ficaram lado a lado. À descarga do navio de guerra o p
ata estremeceu como se quisesse ir a pique. . . . . . . . .
rga do navio de guerra o pirata estremeceu como se quisesse
a pique. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O p
ata fugia: a corveta deu-lhe caça: as descargas trocaram-se
trocaram-se então mais fortes de ambos os lados. Enfim o p
ata pareceu ceder. Atracaram-se os dois navios como para uma
esta ocasião sentiu-se uma fumaça que subia do porão. O p
ata dera fogo às pólvoras... Apenas a corveta por uma mano
fez-lhe grandes estragos. Alguns minutos depois o barco do p
ata voou pelos ares. Era uma cena pavorosa ver entre aquela
oou pelos ares. Era uma cena pavorosa ver entre aquela fogue
a de chamas, ao estrondo da pólvora, ao reverberar deslumbr
deslumbrador do fogo nas águas, os homens arrojados ao ar
em cair no oceano. Uns a meio queimados se atiravam a água,
brador do fogo nas águas, os homens arrojados ao ar irem ca
no oceano. Uns a meio queimados se atiravam a água, outros
ojados ao ar irem cair no oceano. Uns a meio queimados se at
avam a água, outros com os membros esfolados e a pele a des
a uma praia bravia, cortada de rochedos Aí se salvaram os p
atas que puderam fugir. E nesse tempo enquanto o comandante
rtada de rochedos Aí se salvaram os piratas que puderam fug
. E nesse tempo enquanto o comandante se batia como um bravo
pertar foi a um grito de agonia... — Olá, mulher, taverne
a maldita, não vês que o vinho acabou-se? Depois foi um qu
ecer, sabeis quanto se côa de horror ante aqueles homens at
ados ao mar, num mar sem horizonte, ao balanço das águas,
os que esperam e desesperam, aos soluços dos que tremem e t
itam de susto como aquele que bate a porta do nada... E eu,
vamos cinco: eu, a mulher do comandante, ele e dois marinhe
os… Alguns dias comemos umas bolachas repassadas da salsug
s — um amor de mulher que morreu nos meus braços na prime
a noite de embriaguez e de febre — e uma agonia de poeta..
a e a fita que prendia seus cabelos. Dele olhai... O velho t
ou do bolso um embrulho: era um lençol vermelho o invólucr
vermelho o invólucro: desataram-no: dentro estava uma cave
a. — Uma caveira! gritaram em torno: és um profanador de
lucro: desataram-no: dentro estava uma caveira. — Uma cave
a! gritaram em torno: és um profanador de sepulturas? — O
s do vale dorme uma criatura branca como o véu das minhas v
gens, loira como o reflexo das minhas nuvens, harmoniosa com
dorme uma criatura branca como o véu das minhas virgens, lo
a como o reflexo das minhas nuvens, harmoniosa como as arage
e, vai, e serás feliz! Tudo isso é belo, sim!... mas é a
onia mais amarga, a decepção mais árida de todas as ironi
a ironia mais amarga, a decepção mais árida de todas as
onias e de todas as decepções. Tudo isso se apaga diante d
que se aquenta no eflúvio da luz mais ardente do sol — ca
assim com as asas torpes e verminosas no lodo das charnecas
smo do homem —manda a morte de um para a vida de todos. T
amos a sorte... o comandante teve por lei morrer. Então o i
e sem termo e as velas que. branqueiam ao longe parecem fug
! Pobre louco! Eu ri-me do velho. Tinha as entranhas em fogo
o deserto das águas... eles temem-na, tremem diante da cave
a fria da morte! Eu ri-me porque tinha fome. Então o homem
falecia... caiu: pus-lhe o pé na garganta, sufoquei-o e exp
ou... Não cubrais o rosto com as mãos — faríeis o mesmo
o amor que nos queimava: gastamo-lo em convulsões para sent
ainda o mel fresco da voluptuosidade banhar-nos os lábios.
. Quando soltei-me dos braços dela a fraqueza a fazia desva
ar. O delírio tornava-se mais longo, mais longo: debruçava
is de entuviada... Estava louca. Não dormi, não podia dorm
: uma modorra ardente me fervia as pálpebras, o hálito de
se apoderou de mim. Uma vertigem me rodeava. O mar parecia r
de mim, e rodava em torno, escumante e esverdeado, como um
no, escumante e esverdeado, como um sorvedouro. As nuvens pa
avam correndo e pareciam filtrar sangue negro. O vento que m
ra o brigue inglês Swallow, que me salvara... Olá, taverne
a, bastarda de Satã! não vês que tenho sede, e as garrafa
outros criam-no compaixão pela pobre moca que vivia de serv
de modelo. O fato e que ele a queria como filha, como Laura
a queria como filha, como Laura, a filha única de seu prime
o casamento, Laura!... corada como uma rosa e loira como um
seu primeiro casamento, Laura!... corada como uma rosa e lo
a como um anjo. Eu era nesse tempo moço: era aprendiz de pi
sonhos de dezoito anos. Nauza também me amava: era um sent
tão puro! era uma emoção solitária e perfumosa como as
vam no fundo de mármore. Laura parecia querer-me como a um
mão. Seus risos, seus beijos de criança de quinze anos era
nos braços dela. O fogo de meus dezoito anos, a primavera v
ginal de uma beleza, ainda inocente, o seio seminu de uma do
estou desonrada para sempre... A princípio eu quis-me ilud
, já não o posso, estou de esperanças... Um raio que me c
esperança e de sede que me banhavam de lágrimas o travesse
o. Só as vezes a sombra de um remorso me passava, mas a ima
m grito, estendeu convulsivamente os braços como para repel
uma idéia, passou a mão pelos lábios como para enxugar a
ia, banhada de suor gelado, e arquejou... Era o último susp
o. Um ano todo se passou assim para mim. O velho parecia end
minha vida é uma desesperança — o que me resta? Adeus,
ei longe daqui... talvez então eu possa chorar sem remorso.
entre os vidros da janela aberta e batia nela: nunca eu a v
a tão pura e divina! . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ça, acordou-me e levou-me de rasto ao quarto de Laura... At
ou-me ao chão: fechou a porta. Uma lâmpada estava acesa no
ante tão lívido na tela e lembrei-me que naquele dia ao sa
do quarto da morta, no espelho dela que estava ainda pendur
quando eu saia do quarto de Laura com o mestre, no escuro v
a uma roupa branca passar-me por perto, roçaram-me uns cabe
avam umas passadas tímidas de pés nus Era Nauza que tudo v
a c tudo ouvira, que se acordara e sentira minha falta no le
adas tímidas de pés nus Era Nauza que tudo vira c tudo ouv
a, que se acordara e sentira minha falta no leito, que ouvir
ra Nauza que tudo vira c tudo ouvira, que se acordara e sent
a minha falta no leito, que ouvira esses soluços e gemidos,
ira, que se acordara e sentira minha falta no leito, que ouv
a esses soluços e gemidos, e correra para ver… . . . . .
a e uma lanterna e chamou-me para acompanhá-lo. Tinha de sa
fora da cidade e não queria ir só. Saímos juntos: a noit
a acompanhá-lo. Tinha de sair fora da cidade e não queria
só. Saímos juntos: a noite era escura e fria. O outono de
ra escura e fria. O outono desfolhara as árvores e os prime
os sopros do inverno rugiam nas folhas secas do chão. Camin
litário. O velho parou. Era na fralda de uma montanha. À d
eita o rochedo se abria num trilho: à esquerda as pedras so
pés a cada passada se despegavam e rolavam pelo despenhade
o e, instantes depois, se ouvia um som como de água onde ca
também Um aprendiz — um miserável que ele erguera da poe
a, como o vento às vezes ergue uma folha, mas que ele podia
o o vento às vezes ergue uma folha, mas que ele podia reduz
a ela quando quisesse… Eu estremeci, os olhares do velho
o quisesse… Eu estremeci, os olhares do velho pareciam fer
-me. — Nunca ouviste essa história, meu bom Gennaro? —
bre coração do velho? — Piedade! — E teve ele dó da v
gem, da desonra, da infanticida? — Ah! gritei. — Que ten
castigo pior que a morte, eu to daria. Olha esse despenhade
o! É medonho! se o visses de dia, teus olhos se escureceria
guardará o segredo, como um peito o punhal. Só os corvos
ão lá ver-te, só os corvos e os vermes. E pois, se tens a
stava armado. Eu... eu era uma criança débil: ao meu prime
o passo ele me arrojaria da pedra em cujas bordas eu estava.
Estou pronto, disse. O velho riu-se: infernal era aquele r
dos seus lábios estalados de febre. Só vi aquele riso...
alavam nas mãos, as raízes secas que saiam pelo despenhade
o estalavam sobre meu peso e meu peito sangrava nos espinhai
am apanhado junto da torrente, preso nos ramos de uma azinhe
a gigantesca que assombrava o rio. Era depois de um dia e um
írios que eu acordara. Logo que sarei, uma idéia me veio:
ter com o mestre. Ao ver-me salvo assim daquela morte horr
quisera matar-me, ele tinha rido à minha agonia e eu havia
chorar-lhe ainda aos pés para ele repelir-me ainda, cuspir
gonia e eu havia ir chorar-lhe ainda aos pés para ele repel
-me ainda, cuspir-me nas faces, e amanhã procurar outra vin
ir chorar-lhe ainda aos pés para ele repelir-me ainda, cusp
-me nas faces, e amanhã procurar outra vingança mais segur
o cheguei a casa do mestre achei-a fechada. Bati... não abr
am. O jardim da casa dava para a rua: saltei o muro: tudo es
forma de mulher com a face na mesa, e os cabelos caídos: at
ado numa poltrona um vulto coberto com um capote. Entre eles
uras de noites de orgia; mas para que? Fora escárnio Faust
lembrar a Mefistóteles as horas de perdição que lidou co
minha existência libertina. Se o não lembrásseis, a prime
a mulher das ruas pudera conta-lo. Nessa torrente negra que
nos tonteia então... ideai-la melhor a loucura que nos del
a naqueles jogos de milhares de homens, onde fortuna, aspira
lira naqueles jogos de milhares de homens, onde fortuna, asp
ações, a vida mesma vão-se na rapidez de uma corrida, ond
nde todo esse complexo de misérias e desejos, de crimes e v
tudes que se chama a existência se joga numa parelha de cav
m as lupercais romanas, nem os incêndios de uma cidade inte
a lhe alimentariam a seiva de morte, essa vitalidade do vene
de que fala Byron. Meu lance no turf foi minha fortuna inte
a. Eu era rico, muito rico então: em Londres ninguém osten
a: víssei-la assim e, à fé, senhores, que não havíeis r
de escárnio como rides agora! — Romantismo! deves estar
a! murmurou Bertram. — Poesia! por que pronunciar-lho à v
gem casta o nome santo como um mistério, no lodo escuro da
o presente incerto e vago de um gozo místico, pelo qual a v
gem morre de volúpia, sem sabe-lo por que... — Silêncio,
orto: cobre-as uma cristalização calcária, enfezam-se e m
ram. A poesia, eu to direi também por minha vez, é o vôo
alização calcária, enfezam-se e mirram. A poesia, eu to d
ei também por minha vez, é o vôo das aves da manhã no ba
o disse Hamlet; e tudo isso é inanido e vazio como uma cave
a seca, mentiroso como os vapores infectos da terra que o so
; e tudo isso é inanido e vazio como uma caveira seca, ment
oso como os vapores infectos da terra que o sol no crepúscu
como os vapores infectos da terra que o sol no crepúsculo
isa de mil cores, e que se chamam as nuvens, ou essa fada zo
-la e sonhá-la: apertei minhas mãos jurando que isso não
ia além, que era muito esperar em vão e que se ela viria,
ão iria além, que era muito esperar em vão e que se ela v
ia, como Gulnare aos pés do Corsário, a ele cabia ir ter c
ela viria, como Gulnare aos pés do Corsário, a ele cabia
ter com ela. Uma noite tudo dormia no palácio do duque. A
ta pálida. Parecia uma fade que dormia ao luar... O reposte
o do quarto agitou-se: um homem aí estava parado, absorto.
queria: a sua vontade era como a folha de um punhal — fer
ou estalar. Na mesa havia um copo e um frasco de vinho, enc
do vinho ou o fogo do amor os borrifa de lava? — O vinho a
u-se nos copos, Bertram, mas o fumo ondula ainda nos cachimb
Olá, mulher, taverneira maldita, não vês que o vinho a
u-se? Depois foi um quadro horrível! Éramos nós numa jang
dos nos sufocavam e nós rolávamos abraçados, atados a um
da jangada, por sobre as tábuas... Quando a aurora veio, r